O meu D-backs

Como comecei a gosta de baseball? Não foi em um momento de muita lucidez, porque ninguém em sã consciência acompanha esse esporte de louco. Lembro me muito bem deste dia. Era uma noite de 2001, Cruzeiro e Remo se enfrentavam pela copa dos campeões. O técnico do Cruzeiro era Paulo César Carpeggiani. Olha como a situação do meu time tava feia. O gênio naquele jogo colocou o Sorín de meio-campo, ai eu disse basta. Liguei a Tv na ESPN para ouvir a narração do lendário Ivam Zimmerman e os comentários de Roberto Figueroa. O jogo era Dodgers e Giants. Quando coloquei o olho na tela vi que tinha algo errado, não era possível alguém tão gordo ser atleta. Vocês sabem de quem eu estou falando, o nosso amigo de sempre Livan Hernandes, o menino prodígio de Fidel. O que interessa é que o Dodgers venceu de virada, Hernandes perdeu mais um jogo, fato raro na sua carreira. Rsrsrsrsr

A partir daquele dia resolvi acompanhar o baseball e torcer para o Arizona Diamondbacks. Que puta decisão ruim, vai se burro assim lá na PQP. Na hora pareceu uma boa ideia, eu juro. Escolhi porque o nome do time era legal e porque tava liderando a sua divisão, grande coisa em uma temporada de 162 jogos. O que importa é que sem querer, escolhi o time campeão daquele ano. Foi um golpe de sorte, mas a vida ensina que no Baseball, só os Yankees vencem, o resto perde, perde e perde.

Não posso sair sem falar da World Series 2001, um dos momentos mais felizes da minha vida. Ali descobri que é possível vencer até quem é imbatível. Que vitória, que titulo e que série. Aquilo é uma final de verdade. No fim, vencemos a melhor de 7 contra os Yankees por 4-3. Todo mundo vencendo em casa, jogo final decidido por um walk-off single do Gonzo. O Poderoso Chefão caiu minha gente. Era festa no deserto. Aquele dia até choveu onde não se chove. Era um sinal.

Ai veio 2002, e eu comecei a fica cada vez mais fanático. Desde então não perco um jogo, sempre que posso acompanho via internet ou procuro saber o resultado. É tenso viu. 162 jogos por ano, implica em umas 70 derrotas no mínimo. E torcedor de futebol reclama, passa um ano vendo baseball, nunca mais fala um A do seu time.

Não sou maluco, sou normal, mas esse esporte é muito bom. Acho que é a coisa que mais me irrita no mundo, mas é amor demais. Não consigo ir dormir sem da uma olhada no nosso jogo.

Os tempos passaram, trocamos de dono, de uniforme e até o nome do nosso estádio. Infelizmente as mudanças foram para pior, mas nunca vou deixar de acreditar no meu Arizona, porque sempre lembrarei da World Series de 2001, do Perfect Game do Randy Johnson e das nossas grandes vitórias.

O baseball tem muito a ensinar e eu a aprender. O que posso dizer por agora, é que a primeira lição que eu tomei vendo esse esporte louco, é que os bons momentos superam os ruins, não importa o tamanho ou a gravidade.

Muito Obrigado por tudo Arizona Diamondbacks

1 comentários:

Marina Laterza de Paiva disse...

Ahahaha, acho muito legal acompanhar essas coisas exóticas.
Mas por essas e outras que ainda existem atleticanos no mundo, porque os momentos bons, mesmo que poucos, superam os 5x0 que sofrem anualmente pro Cruzeiro : )

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