A vitória

No último domingo, Brasil e Estados Unidos disputaram a final da copa das confederações, torneio prévio a Copa do Mundo. Com um triunfo de 3 x 2, a seleção brasileira sagrou-se campeã. O jogo surpreendeu a muitos, a maioria esperava uma vitória fácil ou um jogo apertado, mas nunca uma virada. É disso que vou falar, da virada brasileira contra os americanos.
Antes da final, conversei com diversas pessoas, e todos foram categóricos, o Brasil ganha com facilidade. Uns podiam achar que o jogo seria duro, mas ninguém, em nenhum momento citou a hipótese dos americanos vencerem. Ouvi quieto todas as opiniões. Só me limitava a dizer que: “O Brasil deve tomar cuidado, eles tão achando que vão ganhar”. A maioria não deu bola, afinal, quem em sã consciência ouviria uma pessoa dizendo que o Brasil poderia perde para os Estados Unidos? No fim, mostrei que eu tava certo, não porque entendo mais de futebol que todos os outros, nada disso, mas porque eu conheço os americanos, e se tem alguém, que acredita de verdade em si próprio, são eles.
Ao longo dos oito anos que eu acompanho os esportes americanos, fui aprendendo um pouco sobre o povo americano. Alguns podem odia-los, dizendo que eles são o mal do mundo. Muito das críticas tem sua verdade, mas não da forma como são ditas. No fundo, toda nação tem seus defeitos, seja do mais pobre ao mais rico, mas da mesma forma, há qualidades, e elas são sempre superiores aos defeitos. Opto sempre por ver as qualidades. Voltando ao jogo, o que eu enxergava era um time e um país muito confiante. Os americanos achavam que poderiam nos vencer. Para alguns isso pode parecer prepotência, falta de respeito, mas pra mim, isso nada mais é que confiança. Porque diabos eles tinham que entrar tão derrotados? Esse é a grande questão do jogo. De um lado tava a grande seleção, do outro a zebra, um time de desconhecidos, mas que entrou de cabeça erguida, confiando na vitória. Nenhum povo no mundo acredita mais em si do que os americanos. Nenhum.
Essa atitude é nobre. Acho que falta isso em todos nos. Porque não podemos entrar em qualquer disputa com a real esperança de que vamos vencer? Em nenhum momento os americanos mostraram arrogância ou prepotência, muito pelo contrário. Quem que vencer, não atua assim.
Ao mesmo tempo em que eles agiram de forma digna, mostraram um dos seus maiores defeitos. Para os americanos, só a vitória importa, nada mais que isso. Aquela fagulha que o futebol levantou se apagou com o vice-campeonato. O esporte só vai crescer na terra do Tio Sam, quando eles forem vencedores. A surpreendente final de nada valeu. Ao mesmo tempo que eles tem a capacidade de se erguer, de criar esperança onde não há, eles tem de desmerecer tudo que não é o primeiro lugar.
.Há pontos positivos em toda derrota. Uma pena que eles enxerguem isso.

A SAGA DE AGOTIME, MARIA MINEIRA NAÊ

Em 2001 a Beija-Flor fez aquele que é apontado por muitos o melhor desfile da década ou até da Marques de Sapucaí. Depois de conseguir dois vice-campeonatos seguidos, a comunidade precisava de um título e atendendo pedidos a comissão de carnaval escolheu um tema afro, o mais popular e querido por todos na escola. Era a melhor oportunidade de vitória, depois de dois belos carnavais, perdidos por meio ponto.
Agotime foi mais um enredo baseado nos relatos da Pajé Zeneida Lima, que ajudou a escola em 98, com o mundo Místico dos Caruanas. Zeneide, através das histórias de sua avó, tomou conhecimento da saga de sua ancestral, a Rainha Agotime, africana legítima que foi atraída e feita escrava no Brasil, onde criou no Maranhão uma casa para agradar aos seus voduns, conhecida como a "Casa das Minas".
Com um samba sensacional dos compositores Déo, Caruso, Cleber e Osmar, a Beija-Flor entrou no período pré-carnaval como uma das favoritas ao tíulo. A ordem do desfile foi ingrata na escolha do dia, mas não do horário. A escola seria a útima de domingo. O desfile começou com o sol iluminando a Sapucaí, como em outros grandes carnavais da Beija-Flor.
Com um iníio de desfile impactante, a escola já contagiava as arquibancadas como nenhuma outra. A Comissão de frente mostrava Agotime e suas panteras. Logo atrás, vinha uma das alas mais incríveis a passar pela Apoteose, as pretas velhas. Varias senhoras da comunidade desfilaram corcundas, com cachimbos na boca e jogando oferendas por toda avenida. Foi algo marcante.
O que se viu por todo o desfile foi um show de bom gosto, valorizando a África, o candomblé, o Brasil e os negros. O segundo carro era um espetáculo a parte, ao trazer centenas de velas vermelhas de 7º dia e ebos. Era o carro da feitiçaria. Agotime foi feita de escrava após ser acusada de praticar magia negra pelo seu enteado.
O resto do desfile retratou a saga de Agotime, até a sua chegada no Maranhão e a criação da Casa das Minas. Com carros alegóricos lindíssimos e uma ala de passo marcado de tirar o fôlego, a Beija Flor saiu aclamada por toda a torcida. Era impossível aparecer outro desfile como esse. Todos sabiam que aquela era a escola campeã de 2001. A Beija-Flor foi perfeita em todos os sentidos. A bateria trouxe alguns instrumentos africanos, o samba era o melhor, Neguinho foi magnifico e a comunidade nunca cantou tanto.
Infelizmente na quarta feira de cinzas os jurados resolveram premiar a Imperatriz Leopoldinense com o seu desfile sobre a cachaça. A escola de Ramos só tirou notas 10, ou seja, para vencer a Beija-Flor, somente a perfeição. O que não foi o caso da Imperatriz, mas como o seu patrono Luisinho Drummond era o presidente da Liesa, a escola venceu este carnaval como os outros dois anteriores, todos com a Beija-Flor como vice campeã.
A derrota me machuca até hoje. Nunca vi um desfile como esse. Foi algo mágico, inesquecível. A redenção de Agotime veio em 2007, quando a escola voltou a falar da África, dessa vez focando os Reis Africanos que vieram escravos para o Brasil. A rainha Agotime era o tema do 3º carro.

O sopro da liberdade!!!!!

Viva as vuvuzelas. Podem gritar, assoprar, dançar, brincar e o que for preciso. O povo da África do Sul merece fazer a sua festa. Depois de passar anos sofrendo com a escravidão, a invasão européia, as guerras civis e a segregação racial, o africano tem o direito de se esbaldar de alegria com a Copa do Mundo. O som das vuvuzelas pode incomodar, mas os nossos ouvidos deveriam estar um pouco mais resistentes ao ouvir um povo que foi tão oprimido sem fazer absolutamente nada para isso.

Escutar europeus e brasileiros reclamando de simples buzinas é chocante. A tentativa de definir o que um povo deve ou não fazer, beira o ridículo. Isso se chama cultura e é direito de todos os povos exerce-la da forma que eles bem entenderem. Aqui as torcidas berram palavrões e na Europa existem os hooligans. Acho que existe questões mais importantes a serem discutidas sobre a Copa na África. Deixem as buzinas em paz

Outra coisa, eles não vão ao estádio porque o ingresso é caro. O futebol é o esporte preferido dos negros, que é a parte da população menos favorecida financeiramente. Apesar das diferenças raciais e econômicas, Nelson Mandela conseguiu unir brancos e negros em prol da seleção de Rugby em 1995. Porque o mesmo não pode ocorrer em 2010? Será que há falta de vontade dos brancos e da organização?

Não é de hoje que o que acontece na África não interessa ao resto do mundo. Infelizmente a gente só olha para os africanos, quando há riquezas ou quando eles nos “incomodam”. Vamos deixar o povo brincar, é o seu direito. Nos estamos em divída com eles, não vamos nos esquecer.

Uma mente realmente brilhante

Quando terminei de assistir o filme Uma mente Brilhante, do diretor Ron Howard, cheguei a uma conclusão: Aquele era o melhor filme que eu já havia assistido. Com uma história de amor surpreendente e emocionante, a película realmente me emocionou.

O tempo foi passando e a minha admiração pelo filme continuava a mesma. Sempre que perguntado dizia, Mente Brilhante é o melhor filme que eu já vi. O que mais me impressionava no filme era a vitória do amor sobre a medicina. A cena final até hoje me emociona. Se pudesse, assisti-a todos os dias.

O que quero falar na verdade falar é sobre ficção e realidade, pegando como base a historia do filme, que por incrivel que pareça não é tão verídica. Os dois personagens não viveram aquela linda história de amor. Pelo que fiquei sabendo, até se separaram por um tempo. Quando descobri fiquei sem reação. Usava o filme como inspiração, dizendo para mim mesmo todos os dias, que era possível viver um grande amor, e que ele era capaz de vencer tudo.

Acho que por mais que a gente negue, somos incrédulos demais.Só acredinta na maioria das vezes no que é real. O fato do filme ser meio ficção fez com que todo o encantamento que eu nutria por ele passasse.
Hoje percebo que isso é bobagem. É possível sim viver um grande amor, onde ele supere todos os obstáculos da vida. Basta querer e acreditar, como os personagens do filme fizeram. No fundo, todos as histórias de amor são ficcionais, porque cada caso é um caso. O que acontece com uma pessoa, não que dizer que vai acontecer com outra. A situação é idêntica a de um filme ou de um livro.
Acredito que se alguém tem inspiração para criar histórias de amor tão lindas, nos temos para vive-las.

A verdadeira mente brilhante não é John Nash, mas Ron Horward. O diretor mostrou muita coragem ao extrapolar a historia de pessoas reais, tudo isso com a idéia de nos apresentar a grandeza e o poder do amor.
Quem ja amou um dia, ama Uma Mente Brilhante

Tropa de Elite?

Tropa de Elite,do diretor José Padilha já era sucesso antes mesmo de chegar aos cinemas. Por um motivo desconhecido até hoje, o filme caiu na net e muitos já haviam assistido antes mesmo do seu lançamento. A trama é a historia do Batalhão de Operações Especiais da Policia Militar do Rio de Janeiro. Tendo como personagem principal o Capitão Nascimento( Wagner Moura). O longa mostra todo o dilema na luta contra o trafico de drogas segundo a visão de um policial.

O filme é baseado no livro a Elite da Tropa. A obra e o filme têm algumas coisas em comum, mas nem de perto um é uma adaptação do outro. Lançado em 2007,Tropa de Elite foi um sucesso. Isso todos já sabem, mas o que me interessa é o que leva a população brasileira a eleger como ídolos policiais que torturam e matam sem nenhum julgamento.

Já li livros que contam casos do abuso de poder da Polícia Militar, como Rota 66 de Caco Barcellos. Pra mim, há diferenças entre a Rota e o Bope. O Bope mata porque está em guerra, a polícia matava porque era incentiva e blindada. A realidade nas grandes cidades brasileiras é complicada, o crime infelizmente toma conta, e na maioria das vezes a polícia esta em desvantagem.

O Brasil todo elegeu como o seu novo herói um capitão do Bope, que ao longo do filme comete vários crimes como aqueles que ele condena. E no livro é até pior, temos uma confissão de uma morte de uma criança. A desculpa é só uma, estamos em guerra e tudo vale para sobreviver. Nunca estive em uma cena de crime, muito menos em uma cidade em guerra, que é o caso do Rio. Entendo o que o drama que os Policiais passam, da mesma forma que eles ficam indignados com salário e condição de trabalho que lhes é proposta, a população pobre se revolta com a educação e segurança pública que ela tem. Então temos de um lado policiais insatisfeitos e o povo indignado. Um escolhe a violência, o outro o crime.

E nos? A gente acha lindo vê o violento matar o criminoso pobre e fudido. Essa é a nossa realidade. Enquanto aqueles que elegemos para nos defender se esconderem, vamos ter que nos contentar com heróis pouco cordiais.
No fundo, o Cap. Nascimento é não é o herói que a gente merece, mas o que a gente precisa.

A morte do diploma e do respeito

Hoje caiu por terra a lei que determinava que todo jornalista deve ter diploma. Com oito votos contra um, o STF atendeu a um recurso protocolado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Sertesp) e pelo Ministério Público Federal. Não vou explicar todo o processo, isso vocês podem verificar nos grandes sites de notícias. O que vou falar agora é o que eu penso sobre essa decisão do STF.
Eu sou um fã do jornalismo na internet, sempre fui e isso não vai mudar. Fico encantado com as possibilidades que essa mídia traz, é algo mágico. Gosto muito mesmo. Se tem um lugar que quero trabalhar é na internet. Mas porque estou falando tudo isso? Porque algumas pessoas vem usando a internet como arma para acabar com o uso do diploma e infelizmente elas conseguiram. A desculpa é que com o crescimento de blogs e sites, ficou provado que o diploma não é necessário para o exercício do jornalismo. Dentre tudo isso, o que me choca mais, é alguém falar que tal profissão não precisa disso e daquilo. Isso é uma falta de respeito. O pior, é que quem diz, não é jornalista. Se daqui há 15 anos, depois de mais de uma década como profissional eu disser que os 4 anos na faculdade de nada me valeram, tudo bem, a minha opinião pode ser até levada em conta, mas nunca a de juizes e outras pessoas que nunca pegaram uma pauta e fizerem uma reportagem.
O que mais me magoa, é que rebaixaram a minha profissão. O meu diploma não tira a liberdade de expressão de ninguém. As pessoas podem falar o que quiserem. Não estão levando a sério o jornalismo. Casos como o da escola de base parecem não servir como exemplo.
A ditadura militar acabou há mais de 25 anos. A ideia do diploma foi dos militares, numa tentativa de acabar com a liberdade de expressão. Escritores, músicos e intelectuais ficaram impedidos de escrever nos jornais brasileiros. Isso era censura, o que hoje não existe.
O fato de pessoas comuns escreverem em blogs não muda absolutamente nada. O que existe ali é opinião e não jornalismo. O jornalismo é informativo e não opinativo.
A solução pra mim está na mão dos grandes veículos de comunicação. É simples. Basta não contratar ninguém sem diploma. É O JUSTO.

Porque falar mal é tão bom?

A resposta para está pergunta eu não tenho. Realmente criticar instiga mais as pessoas do que elogiar. Isso já não é de hoje.
O que eu quero dizer com tudo isso, é que infelizmente, temos mais facilidade em ver os defeitos que as qualidades. Quando perdemos, a gente sempre diz: aquele time não é tão bom, ganharam porque jogamos mal. Qual o problema de reconhecer que alguém é melhor? O problema estar em não acreditar em si mesmo e não em desdenhar o outro. Tirando algumas pessoas, no resto somos todos iguais. Um dia você pode ganhar e no outro perder, sempre foi e sempre será assim. Da mesma forma que ficamos irritados quando dizem que nosso time ganhou roubado, as outras pessoas também ficam quando falamos algo nesse sentido.
Não existe nada pior no mundo que diminuir o esforço de alguém. Não é justo. Muitos dessas críticas vem da inveja e a insegurança. A maioria das pessoas nem sabem, mas agem de acordo com esses dois sentimentos.
Resolvi escrever isso baseado nas críticas que a minha Beija-Flor sofre de outros torcedores. A escola é perseguida na internet. Tudo isso porque somos bons. Quando o Salgueiro ganhou esse ano, as manifestações foram mínimas. Porque o título foi justo. Agora se outra escola ganha, o mundo acabava. Percebo isso também quando o Brasil ganha no futebol. Na vitória, todos se calam, mas quando perdemos, é um bafafá aqui e ali. Dunga não presta, Gilberto Silva tem que sair da seleção e tudo mais.
Também é importante ressaltar que as críticas são importantes. Não vivemos no mundo perfeito, muito menos em um país perfeito. O que me revolta é a discrepância entre elogios, críticas e a falta de ação. É muito fácil falar e por isso todos falam. Mas quantos vão as ruas lutar por seus direitos? Hoje na Espanha 60 mil pessoas entupiram a cidade de Sevilla, para pedir que o presidente do time local, o Bettis saia do comando. 60 mil pessoas, equivalente a população de muitas cidades espanholas. Na França, não importa a causa, o povo vai à rua. Isso é cultura, temos infelizmente o costume de falar e não fazer nada além de samba. Acho legal manter a cabeça erguida frente aos problemas, mas é preciso enfrenta-los também.
Pra mim, toda critica é bem vinda, se ela for feita com a intenção de ajudar, e não simplesmente pelo ato de falar mal. Isso que eu condeno. Julgar alguém negativamente só porque é legal é um ato baixo.
Vamos elogiar um pouco mais. Isso não faz mal a ninguém. E se der, vamos as ruas, o que é nosso tem que ser defendido com unhas e dentes.

7 anos atrás...

Na próxima quinta feira começa o US Open de Golf em Bethpage, Nova York. Este será o segundo major do ano. Há sete anos atrás, no mesmo torneio e no mesmo campo, eu começava a acompanhar o circuito americano de golf, o PGA Tour. Foi um grande campeonato, Lembro que o Tiger Woods liderou de ponta a ponta. Na última volta, ele jogou ao lado do espanhol Sergio Garcia, mas o seu grande adversário estava no grupo da frente, Phil Mickelson, também norte-americano. A torcida toda estava do lado do Phil, mas não adiantou. Tiger manteve a sua mente perfeita no jogo, e pela 8ª vez conquistou um major na sua carreira.
A partir daquele dia comecei a acompanhar esse esporte maravilhoso e esse grande golfista, que pra mim, é o maior atleta a pisar na Terra.
O que mais me impressiona no Tiger é que ele sabe o que quer. Desde que ele era uma criança, tinha em mente que queria ser o melhor golfista da história. No seu quarto, em vez de na parede estar pôster de super heróis ou de ídolos do esporte, estava todos os recordes de Jack Niklaus, na época, o maior golfista do mundo. Woods nunca se importou com dinheiro, fama ou sucesso.
Tiger tem uma mente perfeita. No esporte das amareladas, Woods nunca perdeu um major depois de entrar liderando na última volta. Algo absurdo. No US Open do ano passado esse monstro do golf mostrou porque ele é quem ele é. Jogando muito machucado, e enfrentando um golfista muito motivado, Tiger embocou dois putts decisivos. Um para levar para os playoffs e outro para empatar o playoff. Lembro quando Tiger embocou o 1º desses grandes putts, a câmera estava no Rocco Mediate. Se Tiger errase, Rocco vencia o campeonato. Quando Tiger embocou, Rocco olhou pro lado e disse: "Sabia que ele ia acerta". Woods não falha nas horas decisivas. Woods não cai nunca.
Mas o porquê de tanta força mental ? Seria Tiger alguém de outro planeta? Creio que não. Tiger é somente alguém que acredita no seu potencial, uma pessoa que sabe que por mais que ele esteja mal, é possível se recuperar.
O número de pessoas que conhecem e acompanham o golf no Brasil é pequeno. Por isso muitos não tem a dimensão do talento desse grande atleta. No golf, não existe adversário, é voce e o campo, só isso. Já vi grandes jogadores perderem torneios em 1 buraco, só no golf isso é possível. Você joga 71 grandes buracos e 1 ruim, esse ruim pode acabar com você. Não existe esporte no mundo que exige mais mentalmente dos seus atletas. É por isso que Tiger é muito bom. Há no circuito golfistas do mesmo nível ou até melhores que ele, mas simplesmente eles não conseguem jogar com ou contra Tiger.
Esse é Woods, um cara que sempre colocou seus objetivos na frente. Nada de dinheiro, mulheres e diversão. Tiger que ser o melhor e era será, porque ele batalha e luta por isso Tiger acredita nele, isso que o difere dos outros.

Não foi desta vez

O domingo estava uma droga, mais um dia como centenas na minha vida. E ainda por cima estava dando tudo errado. Tudo que eu botava fé, que podia fazer este dia tão normal se tornar especial, foi por água abaixo.
Até que eu ligo a Tv na ESPN. Estava passando a reprise do Sunday Nigth Baseball. Quando olho, o jogo estava bem adiantado. Imaginei, é normal, já que dois dos melhores pitchers se enfrentavam. Não dei mais atenção ao jogo, mas quando volto à sala e vejo, o Cliff Lee estava na sexta entrada e ainda não tinha sofrido nenhuma rebatida. O time dele vencia por 3x0, seria agora que eu realizaria o meu grande sonho de ver um no-hitter? O tempo foi passando e Lee jogando melhor e melhor. Ja tava dando como realizado o meu sonho. Até que o Yadier Molina consegue uma rebatida dupla contra o rigth field, era o fim de um sonho e de um dia.
Quando penso em tudo isso tiro varias conclusões. A primeira é que estou colocando a minha felicidade na mão de terceiros. É o Diego que tem que fazer do seu dia, um grande dia e não jogadores de baseball ou futebol. A segunda conclusão é que, o Lee venceu o jogo, nem tudo estava tão perdido. As vezes as coisas não acontecem como a gente imagina, mas isso não que dizer que a gente não possa tirar alguma coisa de tudo isto.
No fim, obrigado Molina, se você tivesse errado, eu estaria mais uma vez alegre por outros e não por mim.

Vitória somente a vitória

O que eu vou discutir agora é indiscutível. Vou soar hipócrita ou louco, mas é o que eu penso. Vou falar da vitória.
A vitória é querida por muitos e conquistada por poucos. Seja no esporte, ou na vida, vencer é o que interessa. Mas por quê ? Qual é o real motivo que faz com que a vitória seja mais importante que a ética ou que a justiça?
Acho que tudo isso está ligado a uma auto-afirmação, de que você só é melhor quando vence. Então vencer passou a ser o mais importante? Ser melhor é o que interessa? Parece que para a maioria é.
Ao longo da minha vida percebi que vencer não era tudo. Sempre que entro em uma disputa, quero ganhar, mas não ligo quando perco. Minha batalha é com o Diego Scorvo. É ele que quero derrubar. Meu objetivo é jogar bem, não importa com vitória ou derrota. O porquê disso? É muito simples. Respeito quem ta do outro lado. Acho que o importante é me esforçar, dar o meu máximo. Vencer ou perder depende de N motivos que não dizem respeito mais a mim.
Acho que a busca pela vitória está entrando em um terreno muito ruim. Maquiavel nos disse que os fins não justificam os meios. Mas com a vitória é diferente. Deixar dirigentes corruptos no poder, apoiar atletas sem ética, tudo isto é perdoado com as conquistas. No momento da celebração, isso não é notado, mas anos seguintes fica a marca dessa troca de valores. Observo estes problemas no esporte americano, onde diversos atletas agem como bandidos. Tudo isso porque há anos atrás receberam um tratamento especial porque eles eram bons. Como o grande Ken Carter disse, vencer jogos de basquete para alguns é mais importante que educar os jovens americanos.
A louca busca pela vitória acaba atrapalhando até quem usufrui dela, os grandes vencedores. John Wooden, um dos homens mais vencedores do esporte mundial não disse que desejava a todos os seus amigos 1 título universitário, e aos seus inimigos, 10, atoa. Vencer uma vez é bom, vencer duas ótimo e vencer sempre? Nem tanto.
Não sei porque escrevi tudo isso, como disse, estou sendo hipócrita, porque pra mim, só meus times e ídolos venciam. Acho que o esporte atingiu rumos bons e ruins ao mesmo tempo. Tudo hoje é confortavel, de boa qualidade, mas por outro lado, tudo ta tão ambicioso e anti-atletico que me irrita.
Quero terminar dizendo que há pessoas envolvidas neste meio. Deveríamos respeita-las mais. Vencer é importante, mas nunca a todo custo. Empregos, vidas e carreiras não podem ser perdidos pelo simples capricho de alguns. Vamos parar de criar Barbosas e Bill Buckners.

O meu D-backs

Como comecei a gosta de baseball? Não foi em um momento de muita lucidez, porque ninguém em sã consciência acompanha esse esporte de louco. Lembro me muito bem deste dia. Era uma noite de 2001, Cruzeiro e Remo se enfrentavam pela copa dos campeões. O técnico do Cruzeiro era Paulo César Carpeggiani. Olha como a situação do meu time tava feia. O gênio naquele jogo colocou o Sorín de meio-campo, ai eu disse basta. Liguei a Tv na ESPN para ouvir a narração do lendário Ivam Zimmerman e os comentários de Roberto Figueroa. O jogo era Dodgers e Giants. Quando coloquei o olho na tela vi que tinha algo errado, não era possível alguém tão gordo ser atleta. Vocês sabem de quem eu estou falando, o nosso amigo de sempre Livan Hernandes, o menino prodígio de Fidel. O que interessa é que o Dodgers venceu de virada, Hernandes perdeu mais um jogo, fato raro na sua carreira. Rsrsrsrsr

A partir daquele dia resolvi acompanhar o baseball e torcer para o Arizona Diamondbacks. Que puta decisão ruim, vai se burro assim lá na PQP. Na hora pareceu uma boa ideia, eu juro. Escolhi porque o nome do time era legal e porque tava liderando a sua divisão, grande coisa em uma temporada de 162 jogos. O que importa é que sem querer, escolhi o time campeão daquele ano. Foi um golpe de sorte, mas a vida ensina que no Baseball, só os Yankees vencem, o resto perde, perde e perde.

Não posso sair sem falar da World Series 2001, um dos momentos mais felizes da minha vida. Ali descobri que é possível vencer até quem é imbatível. Que vitória, que titulo e que série. Aquilo é uma final de verdade. No fim, vencemos a melhor de 7 contra os Yankees por 4-3. Todo mundo vencendo em casa, jogo final decidido por um walk-off single do Gonzo. O Poderoso Chefão caiu minha gente. Era festa no deserto. Aquele dia até choveu onde não se chove. Era um sinal.

Ai veio 2002, e eu comecei a fica cada vez mais fanático. Desde então não perco um jogo, sempre que posso acompanho via internet ou procuro saber o resultado. É tenso viu. 162 jogos por ano, implica em umas 70 derrotas no mínimo. E torcedor de futebol reclama, passa um ano vendo baseball, nunca mais fala um A do seu time.

Não sou maluco, sou normal, mas esse esporte é muito bom. Acho que é a coisa que mais me irrita no mundo, mas é amor demais. Não consigo ir dormir sem da uma olhada no nosso jogo.

Os tempos passaram, trocamos de dono, de uniforme e até o nome do nosso estádio. Infelizmente as mudanças foram para pior, mas nunca vou deixar de acreditar no meu Arizona, porque sempre lembrarei da World Series de 2001, do Perfect Game do Randy Johnson e das nossas grandes vitórias.

O baseball tem muito a ensinar e eu a aprender. O que posso dizer por agora, é que a primeira lição que eu tomei vendo esse esporte louco, é que os bons momentos superam os ruins, não importa o tamanho ou a gravidade.

Muito Obrigado por tudo Arizona Diamondbacks

Surpresa

Amanhã prometo escrever um post sobre o Baseball, prepare-se para ouvir os mais sujos palavrões.


Go D-backs !!!!!

Copa das Confederações

Amanhã vou tenta acorda as 11 da madrugada ( ou da manhã) para assistir uma grande partida de futebol. África do Sul contra Iraque. Com toda certeza, não será o jogo mais bonito de se ver. Mas o que interessa em campo quando se tem uma torcida como a sul africana nas arquibancadas? Vê a festa de um povo que durante anos sofreu com o Apartheid e com o domínio europeu.
A África do Sul até ontem poderia ser a terra do Rugby, mas a partir de hoje, é a terra do futebol. É o local onde um continente inteiro vai mostrar que séculos de sofrimento não são suficientes para calar a sua alegria.

Essa copa do mundo brasileiros, italianos, holandeses, franceses, ingleses, argentinos, espanhóis e seja quem for, é da AFRICA e só dela. Não adianta tenta competir.

Lutem pela copa das Confederações, só isso que tenho a dizer.

DESIGN

Todo o trabalho de design não meu obviamente. Ficou muito bom para ser do Diego.

Parabéns de novo Nina

Ficou muito bom

Obrigado

O meu BLOG

Depois de muito tempo resolvi criar um blog. Tudo isso graças a ajuda de uma amiga. Muito obrigado Nina.